Você já ouviu falar de webhooks? Se você está pensando em criar um site ou blog, essa tecnologia pode adicionar funcionalidades valiosas. Um exemplo prático de uso é quando você recebe uma notificação no celular sobre o status de um pedido ou a confirmação de um pagamento. Esse processo é possível graças a um webhook.
Webhooks são amplamente utilizados para facilitar a comunicação entre diferentes sistemas e aplicações. Embora sejam semelhantes a APIs, existem algumas diferenças importantes que discutiremos mais adiante.
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Webhooks no desenvolvimento de aplicações
O que é uma API?
Uma API é um conjunto de definições e protocolos utilizados para desenvolver e integrar software de diferentes aplicações. A comunicação entre APIs é frequentemente comparada a um contrato entre um provedor e um usuário de informações, onde o consumidor (quem faz a solicitação) define o que precisa e o produtor (quem responde) entrega o que é solicitado. Essa relação pode ser vista como a aplicação cliente chamando a aplicação servidor, embora essas funções possam se inverter dependendo de quem está fazendo a solicitação.
Normalmente, as APIs web utilizam HTTP para pedir dados de outras aplicações e definem a estrutura das respostas em arquivos como XML ou JSON. Esses formatos são preferidos porque facilitam a manipulação dos dados por outras aplicações.
Quando uma aplicação cliente faz uma solicitação para uma API servidor, ela quer verificar se ocorreu algum evento relevante ou se houve uma atualização nos dados. Esse processo, conhecido como polling (ou pesquisa), envolve a aplicação cliente enviando requisições HTTP de tempos em tempos até que o servidor retorne os dados necessários, conhecidos como payload.
Como a aplicação cliente não tem conhecimento sobre o estado do servidor, ela precisa continuar verificando até que o evento ou a mudança ocorra. O servidor só envia as informações quando elas estiverem prontas, o que obriga a aplicação cliente a manter as requisições constantes enquanto espera.
O que diferencia os webhooks?
Os webhooks eliminam a necessidade de pesquisas contínuas. Para configurá-los, a aplicação cliente fornece uma URL exclusiva para o servidor e especifica o evento do qual deseja ser notificada. Quando esse evento ocorre, o servidor envia automaticamente o payload para a URL do cliente, sem que ele precise continuar fazendo solicitações repetidas.
Por esse motivo, os webhooks são considerados “APIs reversas” ou “APIs de push”, já que o servidor, e não o cliente, é responsável por iniciar a comunicação. Ao invés de a aplicação cliente enviar requisições HTTP constantemente, o servidor envia uma solicitação HTTP POST diretamente para o cliente quando os dados estão prontos. Embora muitas vezes sejam comparados a APIs, os webhooks não são APIs em si, mas funcionam em conjunto com elas. Uma aplicação precisa de uma API para poder utilizar webhooks.
O termo “webhook” combina a palavra “web”, referente à comunicação via HTTP, com o conceito de “hooking” em programação, que envolve capturar eventos ou ações relevantes. Os webhooks capturam o evento que ocorre no servidor e enviam os dados para o cliente via web. Jeff Lindsay popularizou esse conceito em 2007 em um post intitulado “Web hooks to revolutionize the web”.
Para proteger as comunicações realizadas por webhooks, as equipes de TI utilizam várias estratégias. A maioria das aplicações habilitadas para webhook acrescentam uma chave secreta ao cabeçalho do payload, permitindo que o cliente confirme a identidade do servidor. Além disso, a autenticação mútua via TLS (mTLS) é comum, garantindo a verificação tanto do cliente quanto do servidor antes da transferência de dados. Muitas vezes, a URL do webhook utiliza criptografia SSL para proteger a privacidade durante o envio dos dados.
Benefícios dos webhooks:
Ideais para pequenas cargas de dados: Os webhooks processam volumes pequenos de informações entre dois pontos, normalmente na forma de notificações, deixando ao cliente a tarefa de interpretar e utilizar os dados recebidos.
Eliminam a necessidade de polling: Ao dispensar a pesquisa contínua, os webhooks ajudam a economizar recursos para a aplicação cliente.
Fácil configuração: Se uma aplicação oferece suporte a webhooks, configurá-los é simples. O cliente apenas insere a URL do webhook e define os eventos que deseja acompanhar.
Automatizam a transferência de dados: Assim que o evento ocorre no servidor, o payload é enviado automaticamente, resultando em uma comunicação praticamente em tempo real.
Quando usar webhooks?
Webhooks são ideais em cenários como:
- Quando os dados mudam em momentos imprevisíveis: Se os dados mudam aleatoriamente, um webhook evita o envio constante de requisições.
- Para atualizações rápidas: Webhooks garantem que atualizações, como o status de um pagamento, sejam feitas quase em tempo real.
- Quando a aplicação não oferece API: Webhooks podem ser desenvolvidos para integrar sistemas que não possuem uma API.
Como implementar um webhook?
Para demonstrar, vamos ver como configurar um webhook no WordPress com o plugin WP Webhook. Você pode usar o plugin para enviar e receber dados de sistemas externos.
- Acesse as configurações do plugin e crie uma URL de webhook.
- Configure o gatilho para quando o evento ocorrer (exemplo: criação de um novo post).
- Defina o que será feito com os dados recebidos.
- Teste a ação e verifique o funcionamento.
Quando for enviar dados para outra aplicação, você precisará gerar uma URL de recepção. Ferramentas como webhook.site ajudam a criar URLs temporárias para testes. Configure o gatilho no WordPress para enviar dados assim que um novo usuário for criado, por exemplo.
Agora que você entende melhor o que são webhooks e como funcionam, avalie se essa tecnologia pode ser útil para o seu projeto.
Conclusão
Em conclusão, os Webhooks são uma ferramenta para permitir a comunicação em tempo real entre diferentes sistemas e aplicativos. Eles oferecem uma maneira eficiente e automatizada de enviar notificações e atualizações assim que eventos específicos ocorrem, sem a necessidade de solicitações ativas.
Ao implementar Webhooks, você pode melhorar a eficiência e a automação em suas aplicações, proporcionando uma experiência mais fluida e integrada para os usuários. Além disso, os Webhooks oferecem uma alternativa valiosa às APIs tradicionais, permitindo uma comunicação mais direta e imediata entre sistemas.
Em suma, ao entender o que são Webhooks, como funcionam e como implementar, você pode aproveitar ao máximo essa tecnologia para melhorar seus processos e oferecer uma experiência mais dinâmica e responsiva para seus usuários.
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Perguntas frequentes sobre o que é webhook e como funciona
A principal diferença é que uma API requer solicitações ativas para obter dados, enquanto um Webhook envia notificações automaticamente quando eventos específicos ocorrem. Enquanto as APIs são usadas para solicitar e obter informações, os Webhooks são acionados automaticamente quando eventos ocorrem.
Para fazer um Webhook, configure um ponto de extremidade (URL) em seu sistema receptor para receber notificações. Em seguida, especifique os eventos que acionarão o Webhook e configure o sistema provedor para enviar notificações para o URL especificado quando esses eventos ocorrerem.
Para enviar dados para um Webhook, o sistema provedor deve enviar uma solicitação HTTP POST para o URL do Webhook, contendo os dados a serem enviados. Esses dados podem ser formatados em JSON, XML ou formulário codificado.
Para receber Webhooks, configure um ponto de extremidade (URL) em seu sistema receptor para receber notificações. Este URL será fornecido ao sistema provedor, que enviará notificações para ele quando eventos específicos ocorrerem. Seu sistema receptor então processará essas notificações conforme necessário.